São 110 anos do Prêmio Nobel, que passaram sem contestação. Isso aplica-se para prêmios dados, como também para omissões a pessoas que o mereceram. (...) Saiba mais em http://goo.gl/PPCVK.
1- Ausência de um Prêmio para Gandhi: libertou a Índia da colonização britânica, pela doutrina de não violência. Mohandas Karamchand Gandhi jamais foi agraciado com o Prêmio Nobel. Foi indicado 5 vezes. O líder espiritual passou para a história com o nome Mahatma e não foi lembrado como um expoente na luta pela paz. Em 1948 (ano do seu assassinato), a organização deixou o prêmio vago por “falta de candidato adequado”.
2- Prêmio para o criador da lobotomia: Já ouviu falar em lobotomia? É um procedimento cirúrgico que consiste em cortar, às, vezes de forma rudimentar, as vias que ligam o lobo cerebral ao tálamo. Inventada em 1936 pelo psiquiatra português António Egas Moniz, a técnica era usada para acalmar pessoas com surto psicótico. Em 1949, a “cirurgia” rendeu a Moniz o Prêmio Nobel de Medicina. (...) Inicialmente concebido para ser usado apenas em casos extremos, onde o doente mental ameaçasse violência ou suicídio, a lobotomia foi banalizada por Moniz e por um médico americano chamado Walter Freedman. Hoje, considerado selvagem e anti-ético, o procedimento chegou a ser aplicado mais de 20 mil vezes nos Estados Unidos. (...) Egas Moniz acabaria em uma cadeira de rodas, ao levar um tiro de um paciente que ele mesmo havia operado através de lobotomia. Apesar disso, levou o Prêmio de 1949.
3- Israelenses e palestinos vencem Nobel da Paz: No início de 1990, foram muitas as reuniões entre o Primeiro Ministro de Israel, Yitzhak Rabin, o Ministro de Relações Exteriores, Shimon Peres e o líder da Organização para a Liberação Palestina, Yasser Arafat. Apesar dos encontros em Oslo (Noruega), (...) nenhuma proposta para a paz na região foi alcançada e eles nem chegavam a concordar em algum ponto das discussões. (...) Os 3 foram laureados com o Nobel da Paz em 1994.
4- Más indicações na literatura: (...) um erro de interpretação fez com que o Nobel de Literatura, entre 1901 e 1912, fosse entregue a autores sem expressão. Segundo a vontade expressa de Alfred Nobel, o fundador, a medalha deveria ir para o escritor que produzisse “no campo da literatura, o mais excelente trabalho de direção ideal”. Quem outorgou os (...) prêmios, (...) segundo o site americano LiveScience, imaginou que se tratasse de premiar autores com obras idealistas e puras. (...) Autores renomados como James Joyce, Leo Tolstoy, Anton Chekhov, Marcel Proust, Henrik Ibsen e Mark Twain jamais foram lembrados. Motivo? Suas obras eram depressivas e pesadas.
5- Ausência do criador da tabela periódica: Dimitri Mendeleev (russo) criou, em 1869, uma ferramenta que revolucionaria o mundo da química. Com o peso atômico dos elementos, a Tabela Periódica é o maior auxiliador dos cientistas (...) e suas consequências (...) estão em quase todos os campos da ciência. (...) O cientista nunca teve a honra de levar o Prêmio. Ele morreu em 1907, 6 anos depois da criação do Nobel e não foi lembrado em nenhuma das edições. (...) Acha que isso aconteceu porque o Nobel dá preferência a méritos mais recentes? Puro engano... (...) Em 2011, alguns dos premiados fizeram suas descobertas há mais de trinta anos.
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