Buda não tencionou o “certo” em oposição ao “errado”, de modo algum. “Certo” significa estar certo sem um conceito do que é certo. “Certo” é a tradução do sânscrito “samyak”, que significa “completo”. Completude não necessita de ajuda relativa, nenhum suporte por meio de comparação; ela é autossuficiente. Samyak significa ver a vida como ela é, sem muletas, diretamente.
Em um bar, alguém pode dizer: “Eu gostaria de um drink puro”. Não diluído com club soda ou água; você apenas o pede puro. Isto é samyak. Sem diluições, sem misturas – apenas um drink puro. Buda percebeu que a vida pode ser potente e deliciosa, positiva e criativa, e ele percebeu que você não precisa de nenhuma mistura para nela misturar. A vida é um drink puro – prazer direto, dor direta, diretamente, cem por cento.
Fonte: The Eightfold Path, em The Myth of Freedom and the Way of Meditation, página 120 da edição Shambhala Library. Textos originais de Chogyam Trungpa © Diana J. Mukpo, usados com permissão de Shambhala Publications.
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