A Ciência da Longevidade

Neste espaço, serão publicados artigos, textos e novidades no campo de A Ciência da Longevidade, além de dietas, programas e inovações tecnológicas que prometem revolucionar nosso processo de envelhecimento.

Ray Kurzweil, autor do livro A Medicina da Imortalidade, escreve corajosamente: "Embora meus contemporâneos pareçam conformados em aceitar o envelhecimento como parte do ciclo da vida, não é este o meu ponto de vista. Talvez seja 'natural', mas não vejo nada de positivo em perder a agilidade mental, acuidade sensorial, flexibilidade física, desejo sexual ou qualquer outra capacidade humana. Considero a doença e a morte, em qualquer idade, uma calamidade, problemas a serem superados.".

Estamos nos primeiros estágios de diversas revoluções profundas, geradas pela interseção da biologia, ciência da informação e nanotecnologia. Com a decodificação do genoma humano, muitas tecnologias estão surgindo:
  • confecção de medicamentos com ausência ou pouquíssimos efeitos colaterais.
  • engenharia tecidual para a regeneração de células, tecidos e órgãos.
  • inversão do processo de envelhecimento.
  • terapia genética.
  • nano-robótica, como recurso para melhorar todos  os aspectos da vida.
É possível ter um programa de longevidade, envolvendo: orientação nutricional, exercícios físicos, perda de peso, redução do estresse, terapias alternativas, medicina convencional e tecnologia de ponta. Colocaremos em prática o prolongamento radical da vida, entre o atual e o futuro, em 3 partes:
  1. Aplicação do que sabemos, hoje, para retardar o processo de envelhecimento.
  2. Avanços da biotecnologia, que permitirão a intervenção na detenção de doenças e reversão do envelhecimento.
  3. Nanotecnologia, que expandirá nossas capacidades físicas e mentais.
  • Caminhada

  • Google e a busca da saúde

  • Exercite-se sempre

  • Sorrir é o segredo da longevidade

  • Exercício na 3ª idade

OTIMISMO
"O pessimista pergunta se há leite no jarro; o otimista pede que lhe passem a manteiga." - Canção Folclórica.

O otimismo é a tendência a acreditar, desejar ou esperar que as coisas acabem bem. Tem-se debatido muito sobre se ele afeta a nossa saúde e o curso das doenças. Achamos as discussões tediosas, porque acreditamos que a evidência do poder terapêutico do otimismo é notória.
Por que os médicos acham tão difícil reservar ao otimismo um papel nos tratamentos? Por que encontramos tanta dificuldade em ser otmistas? Talvez, pensemos que os médicos deveriam sentir-se eufóricos, porque dispõem de uma maleta com instrumentos poderosos e porque a perspectiva de vida humana é hoje a mais alta de todos os tempos. Por que os médicos, então, não ficam alegres?

Eis o fato: os médicos são adestrados para se mostrar realistas e não otimistas, e seu realismo, às vezes, se dilui em pessimismo. O espectro da morte paira sobre toda consulta clínica, sombra que jamais se dissipa, não importa quão eficientes se tornem as novas terapias. O 1º pressuposto da medicina é a tragédia. Nenhuma outra ciência repousa sobre crenças tão mórbidas. Por isso, é bastante natural que o médico seja pessimista e ache difícil cultivar o otimismo.
É antiético pintar um futuro róseo para um paciente às voltas com um grave desafio à sua saúde, quando se sabe o desfecho oposto. O problema, porém, é que o realismo do médico pode acionar resultados desastrosos. Segundo os prognósticos clínicos, quando um médico diz a um paciente que ele tem 50% de chances de viver 12 meses, o paciente interpretará isso como 50% de chances de morrer ao final do ano.

O otimismo, sem o esteio do Absoluto, mal pode sustentar-se. Se assumirmos a visão quase ilimitada da moderna cosmologia, o panorama é de todo deprimente. O Universo em expansão, por fim, sucumbirá ao calor e sofrerá uma desorganização irreversível. Ou seja, a vida e a consciência perecerão. No cenário sombrio, o otimismo não passa de um expediente precário e mesquinho.
Porém, se a consciência estiver ligada ao Absoluto, o cenário muda. O Absoluto está acima de tudo, incluindo o que pode ocorrer ao Cosmos. A nossa conexão com o Absoluto implica que partilhamos Suas Qualidades e incluem a infinitude no espaço e no tempo.
Somos, em certo sentido, eternos e imortais: a justificativa final para cultivar o otimismo e calar os cosmólogos alarmistas.

Um dos maiores êxitos da medicina do séc. XX fooi a descoberta da importância, para a saúde, das atitudes, emoções e crenças - o que se chama medicina mente-corpo. A principal premissa da medicina mente-corpo é que a nossa vida mental não está isolada acima das clavículas. Cada pensamento ou emoção funciona como uma mensagem para o resto do corpo, mediada por uma rede complexa de sinais nervosos, hormônios e várias outras substâncias.

O otimismo ajuda a viver mais e com mais saúde? Temos 4 hipóteses:
1) O cérebro registra a experiência do otimismo e, por vias humorais, químicas e nervosas, vai afetar a função celular em todo o corpo, inclusive o sistema cardíaco, imunológico e outros.
2) Dado que o otimismo está associado à motivação e à ação, pessoas otimistas talvez sejam mais propensas a desejar ter saúde e acreditem poder ser saudáveis, aumentando a probabilidade delas seguirem regimes saudáveis e aconselhamentos médicos.
3) Os otimistas enfrentam menos fatos desagradáveis na vida que os pessimistas, menos ameaças á saúde, pois seu senso de controle assegura-lhes poder interferir no que ocorre. Os pessimistas parecem estender um tapete vermelho ao caos, convencidos de que pouco importa o que façam ou deixem de fazer
4) Os otimistas contam com mais apoio da sociedade que os pessimistas, com indícios de que mesmo uma interação social superficial constitui constitui uma barreira contra a doença.

Embora as pessoas possam aprender otimismo, podem aprender também pessimismo - como ocorre quando instigamos condições sociais próprias a impedir que as pessoas saiam da pobreza, adquiram educação e amparem as suas famílias. Enquanto não levarmos a sério o compromisso com as pessoas vulneráveis - as pobres e as que são alvo de preconceito e discriminação - não teremos o direito de pregar-lhes as virtudes do otimismo. "Um homem faminto não é um homem livre", disse Adlai E. Stevenson, em 1952. Nem um otimista.

Quem ficará à vontade com o seu otimismo, quando um número cada vez maior de idosos precisa escolher entre comida e remédio? Quando 1 entre 7 pessoas do mundo passa fome e 40 milhões de infelizes morrem todos os anos de desnutrição ou doenças relacioandas à falta de alimentos? Quando 40 milhões lutam contra a AIDS? Quando 20 milhões sucumbem todos os anos por falta de água e 1,1 bilhão não têm acesso à água potável? Quando, diariamente, só na África, 3.000 crianças com menos de 5 anos morrem de malária e 6.000 adultos, de AIDS?

Devemos promover um otimismo não apenas aos ricos, mas também aos pobres, aos desempregados, aos vulneráveis. Até lá, só podemos advogar o otimismo com cautela, sabendo que ele possui uma conotação elitista a ser definitivamente eliminada.

Fonte: O Poder de Cura das Coisas Simples, Dr. Larry Dossey (Cultrix).
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